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Museu mineiro é espaço privilegiado de exposição de artes e um lindo e encantador paisagismo

Quem ouviu falar sobre a triste tragédia em Brumadinho não imagina que essa cidade hospeda um verdadeiro e lindo Museu a Céu Aberto que dá um show em paisagismo, educação, arte e cultura.

Tive a oportunidade de conhecer o Instituto Cultural Inhotim no no mês de janeiro de 2023, e me senti encantada e hipnotizada em meio a tanta beleza paisagística, em arquitetura e maravilhosas artes que este local hospeda. 

Literalmente me senti como se estivesse no céu, e se o céu for assim, com certeza gostaria de eternizar a minha morada em um lugar como este.

O Instituto Cultural Inhotim é uma reserva de arte contemporânea e paisagismo como não se vê em nenhum outro local do Brasil. Instalado em Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, esse museu a céu aberto ocupa uma área de 100 hectares de jardim botânico, mais o triplo de mata nativa, e só recebe obras que façam sentido nesse contexto de contato com a natureza.

Idealizado desde a década de 1980 pelo empresário mineiro Bernardo de Mello Paz, do solo ferroso de uma fazenda da região nasceu, em 2006, um dos maiores museus a céu aberto do mundo.

O Instituto Inhotim é um museu de arte contemporânea e Jardim Botânico, localizado em Brumadinho (MG). Reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Governo de Minas Gerais em 2008, o Inhotim é uma entidade privada, sem fins lucrativos, mantida com recursos de doações de pessoas físicas e jurídicas – diretas ou por meio das Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura.

Sua localização privilegiada – entre os ricos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado –, e as paisagens exuberantes ao longo dos 140 hectares de visitação proporcionam aos visitantes uma experiência única que mescla arte e natureza. Cerca de 700 obras de mais de 60 artistas, de quase 40 países, são exibidas ao ar livre e em galerias em meio a um Jardim Botânico com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes.

As obras se espalham pelos recantos do jardim e por 17 galerias permanentes e temporárias. Ao menos a cada dois anos, uma nova mostra é inaugurada. 

O Jardim Botânico é campo de estudos florísticos e de catalogação de novas espécies. Mais de 4,5 mil plantas são cultivadas, sobretudo folhas, que permanecem bonitas nas quatro estações do ano (ao contrário das flores). Há uma grande quantidade e variedade de palmeiras, orquídeas e exemplares da família Araceae (como copos de leite e antúrios). 

A reserva nativa representa os biomas da Mata Atlântica e Cerrado.

O tempo em Inhotim é outro. O visitante sai da galeria on­­de vê uma instalação performática do pernambucano Tunga e percorre a beira do lago artificial até se deparar com um trio de es­­culturas de Edgar Souza. 

Pega carona em um carrinho elétrico, como aqueles usados do Projac da Globo, e chega ao “iglu” feito por Olafur Eliasson, dentro do qual a iluminação ininterrupta congela instantâneos de um jorro de água, como se fossem esculturas mutantes. 

Depois sobe até o “Sonic Pavilion”, projetado por Doug Aitken, que escavou 200 metros em direção ao centro do planeta e implantou um sistema de som com amplificação e equalização capaz de re­­produzir ao nível auditivo do vi­­sitante os microrruídos do estômago da Terra, entre muitas outras galerias que você tem oportunidade de conhecer.

O Instituto Cutural Inhotim me trouxe uma experiência de paz, de contraste da natureza com a intervenção humana. O contato com a natureza, com a água, estimula nossa percepção e sensibilidade, e nos faz enxergar de uma maneira diferente o que está dentro da galeria e além disso, nos proporciona sensações mágicas por estão em um ambiente paisagístico tão lindo!

Super indico este maravilhoso passeio para quem tiver oportunidade, ou estiver ali pertinho de Belo Horizonte.

Será uma experiência mágica, lúdica, e lhe trará novos conhecimentos em meio a natureza.

Visite o site do Instituto Cultural Inhotim e agende sua visita.